agora sem pintura
escondia-se por debaixo do chapéu
Um pouco mais distante
menos colorido, talvez
Mas ainda vestido do mesmo sorriso
e despido pelo mesmo olhar
O Palhaço andava sumido
provavelmente, levando alegria
a outros picadeiros
Ou, quem sabe
recluso
imerso em sua tristeza
compondo o próximo auto
Era possível que as tintas ocultassem
aquele rosto cor de trigo
e até disfarçassem o sorriso acanhado
Era possível não ver o coração
contido
depois do suspensório
Só não era possível
- nem mesmo à chuva torrente
daquela noite -
desfocar o Palhaço
retratado
nos olhos sem pintura
daquele rosto
pálido.
(Aline Barra - 25/11/2010)
Aline, você tem escrito...muito. Parabéns! Que legal!
ResponderExcluirAna... "ouvir" isso de você é um estímulo e uma honra! Obrigada!!!
ResponderExcluirAline, Aline,
ResponderExcluirque bacana!! que bacana!!
curti o desfecho "rosto pálido".
Beijos beijos...
Noss quanto mais eu leio seu blog, mais fico pasmo.
ResponderExcluirÉ muito lindo isso aqui!
Parabéns.
Obrigada, Pedro!!
ResponderExcluirMas que garota talentosa...
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