Psicodelismos em prosa

À Quintana:

E todos aquilos
que um dia atravancaram o meu corpinho
(...)

Eles passaram.
Eu passarinho! v.V

_Aline, 21/03/2015.



segunda-feira, 15 de setembro de 2014

________________________________quem é a Mulher Barbada:


era confeiteira de sonhos

mas comeu vazios
e teve penas sem ar

aí foi ao círculo
ganhou trapézios pernas voz e fome

e agora alimenta desejos
come a vontade 
e tem peito
(s)



_Aline, 15/09/2014.




Diálogo com a canção "A Mulher Barbada" de Adriana Calcanhoto: http://www.youtube.com/watch?v=xSs5iZt2XFU

3 comentários:

  1. Oi, Aline. Vi algumas das suas últimas postagens.

    Porque insistimos na escrita? A nossa ânsia de trazer à tona o real ou de representá-lo parece ser uma ilusão interminável. A escrita, principalmente a que se pretende literária, inventa a vida. O real permanece sempre intocável. Somos uma cadeia imensa de ficções, que atinge seu auge na escrita literária.

    Escrever é tentar tocar o real (o mistério último da vida?). Sem conseguir, os que escrevem inventam o mundo, a si mesmos e a própria escrita: transformam toda a existência em obra de arte. Por isso, escrever é sempre uma pergunta, nunca uma resposta.

    Aline, sei que o que escreve parte de uma profunda sinceridade e da tentativa de impor uma técnica. Em última instância, só haveria um critério de valor: escrever torna a sua vida melhor? Se sim, escreva sempre! E invente, intencionalmente, a vida!

    Beijo!

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