Psicodelismos em prosa

À Quintana:

E todos aquilos
que um dia atravancaram o meu corpinho
(...)

Eles passaram.
Eu passarinho! v.V

_Aline, 21/03/2015.



sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

a vapor [ barato ]


era para ser assim:

matarias tu a minha sede
aquecerias os meus frios 
ofertarias a mim tuas abundâncias

eu, de mim
cairia 
aos teus encantos ...

acontece que não somos bons 
em pactos

tu guardas a sete chaves tua riqueza
e eu ...

eu ...
- ou fácil não me encanto 
ou encanto e desencanto -
sou volúvel

mas adoro flertes
e você pode me seduzir, se quiser 

(Aline Barra - 11/01/2013)



** Fotografia de Margot Félix. Mais flertes em: https://www.facebook.com/MargoFelixFotografia

5 comentários:

  1. Linda forma de se render a realidade, rs

    "Oh, sim, eu estou tão cansado
    Mas não pra dizer
    Que eu não acredito mais em você" Jards Macalé.

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  2. Bonito, Aline!
    O que mais me chamou a atenção foi o voltar-se para o "tu", que no último verso vira "você". "Tu" é segunda pessoa e "você" é a transformação da terceira (ele/ela) em segunda. Parece que a permissão ou o imperativo para "seduzir" não é para esse "tu", mas para "você", que, por ora, ainda é "ele" (desconhecido). Não sei se a mudança de pessoa no final do poema foi intencional. Talvez seja o inconsciente fazendo poesia.

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  3. Lulu, obrigada!

    Robert, sim, a mudança de pessoa foi intencional, por uma questão de (quebra) estética, a princípio. Mas, sua hipótese sobre uma motivação inconsciente é bem interessante tb, aliás, perspicaz, eu diria.

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