Psicodelismos em prosa

À Quintana:

E todos aquilos
que um dia atravancaram o meu corpinho
(...)

Eles passaram.
Eu passarinho! v.V

_Aline, 21/03/2015.



segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

saída à francesa



ele veio assim, com um ar quieto
e foi colhendo quase tudo de mim

levou flores
confidências
poesia
tempo

pensei que me tiraria
o chão
o ar
a voz

mas não
preferiu retirar-se [a si]

(Aline Barra – 13/02/2012)

7 comentários:

  1. Tô me sentindo assim, alguém saiu a francesa, ou melhor, saiu a mineira... bjs

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  2. Lembrei de um livro da Tati Bernardi sobre desencontros... é uma pubicitária paulista:


    "...Aí ele chega, tão lindo. E vai embora, tão feio. E não liga, tão bobo. E some, tão especial. E eu morro, ainda que não ligue a mínima. E eu não tô nem aí, ainda que pense o tempo todo em não estar nem aí."

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    1. É Lulu, parece q eles não são muito criativos, rs... Aqui ou lá. Ou então, somos nós... nós. :/

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  3. Como entrar em assunto tão feminino? Embora há as que também saiam à francesa. Arrisco.

    Estamos sempre jogando pérolas (nossas pérolas) aos porcos. Mas talvez não eram porcos, tornaram-se no decorrer... Ou eram porcos bem nítidos, mas nossa carência, que tira nosso bom senso e nos cega para o óbvio fez com que aceitemos. Ou talvez nossas pérolas perderam o valor, ou melhor, somente nós damos tal valor. Ou talvez tenha completado o ciclo inexorável: nasce, cresce, morre (acaba)

    Mas, acredito, nossas perólas lançadas ninguém as leva. Apenas as deixam embaçadas, emporcalhadas. E o tempo, senhor de tudo, as limpará e devolverá a elas o brilho original.

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  4. Saídas à francesa são sutis, mas como doem.

    Bjs!

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  5. E mal sabe o que perdeu...

    Abraço carinhoso da Macabéa!

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