Aline, esse filme que você usou a imagem é ótimo... O medo ou o temor nos coloca sempre diante do abismo. Porém o medo é pai da mais vigorosa e potente característica que podemos ter, a saber, a coragem! E "a coragem mata também a vertigem ante os abismos: e onde o ser humano não estaria diante de abismos? O próprio ver não é - ver abismos?" Friedrich Nietzsche
Como deixei o desejo por tua pele em suspenso na noite, recluso na escuridão de meu espírito.
Como deixei nossos corpos, próximos, caminharem no silêncio, à espera da palavra que abre a flor de teu beijo.
Como deixei teus olhos me abrirem a face triste e descarnada, em busca d'algum sinal de meu amor latente.
* * *
Entre as luzes trêmulas da noite desci, arcanjo, para anunciar-te meu desejo − Mas falhei. Deixei-te apenas com esse silêncio, esse onde moram todos os deuses que se foram, as profecias não cumpridas e as bocas que ficaram por se encontrar...
Caminhamos, desalados, eu e Eros entre as cidades desse mundo caduco. Ele é agora qualquer menino de rua, esfomeado e maltrapilho, que empunha um cartaz pelas sarjetas:
O velho (des)encontro de Eros e Psiquê... Ou o espiral da Quadrilha de Drummond... Mudam os tempos, os deuses, os poetas... E o amor segue perdido ou vivendo ((a.penas) no escuro!
Aline, esse filme que você usou a imagem é ótimo... O medo ou o temor nos coloca sempre diante do abismo. Porém o medo é pai da mais vigorosa e potente característica que podemos ter, a saber, a coragem! E "a coragem mata também a vertigem ante os abismos: e onde o ser humano não estaria diante de abismos? O próprio ver não é - ver abismos?" Friedrich Nietzsche
ResponderExcluirDeixo.
ResponderExcluirComo deixei o desejo por tua pele
em suspenso na noite, recluso
na escuridão de meu espírito.
Como deixei nossos corpos, próximos,
caminharem no silêncio, à espera da
palavra que abre a flor de teu beijo.
Como deixei teus olhos me abrirem
a face triste e descarnada, em busca
d'algum sinal de meu amor latente.
* * *
Entre as luzes trêmulas da noite
desci, arcanjo, para anunciar-te meu desejo
− Mas falhei.
Deixei-te apenas com esse silêncio,
esse onde moram todos os deuses que se foram,
as profecias não cumpridas e as bocas
que ficaram por se encontrar...
Caminhamos, desalados, eu e Eros
entre as cidades desse mundo caduco.
Ele é agora qualquer menino de rua,
esfomeado e maltrapilho,
que empunha um cartaz pelas sarjetas:
"Amar é ter medo".
O velho (des)encontro de Eros e Psiquê... Ou o espiral da Quadrilha de Drummond... Mudam os tempos, os deuses, os poetas... E o amor segue perdido ou vivendo ((a.penas) no escuro!
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