Psicodelismos em prosa

À Quintana:

E todos aquilos
que um dia atravancaram o meu corpinho
(...)

Eles passaram.
Eu passarinho! v.V

_Aline, 21/03/2015.



terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Avareza


A Persistência da Memória - Salvador Dalí, 1931


nem tudo o tempo cura
há o que nem mesmo o fogo transmuta

água mole em terra árida
mal penetra

e eu aqui
:
teimando em ver mar naquele sertão


(Aline Barra - 17/01/2012)

5 comentários:

  1. "Quando nada acontece há um grande milagre acontecendo que não estamos vendo."
    João Guimarães Rosa em Grande Sertões Veredas

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  2. Que lindo isso Aline! Queria eu a poesia... to em tempos de bonanças demais... mas hei de expressar-me em versos novamente...rs
    Beijo.

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  3. Obrigada, Carla!!

    Pois é, já reclamei a falta dos teus versos... Presenteie-nos.

    ;) Beijos!

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    1. O nosso desejo é sempre infinito e tenta com toda força romper os príncipios da realidade. Mesmo que deixemos de ver o mar num específico sertão, aparecerá outros sertões que veremos mares.

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  4. É, Robert, tens razão; parece que nossos olhos gostam mesmo de "marejar"... rs*

    Abraços!

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