Psicodelismos em prosa

À Quintana:

E todos aquilos
que um dia atravancaram o meu corpinho
(...)

Eles passaram.
Eu passarinho! v.V

_Aline, 21/03/2015.



domingo, 30 de novembro de 2014

das conjugações verbais



temo
mas quero te(A)mar

deixa ?



_Aline, 30/11/2014.
_para um "arcanjo" tímido



Cena do filme O Segredo dos Seus Olhos



3 comentários:

  1. Aline, esse filme que você usou a imagem é ótimo... O medo ou o temor nos coloca sempre diante do abismo. Porém o medo é pai da mais vigorosa e potente característica que podemos ter, a saber, a coragem! E "a coragem mata também a vertigem ante os abismos: e onde o ser humano não estaria diante de abismos? O próprio ver não é - ver abismos?" Friedrich Nietzsche

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  2. Deixo.

    Como deixei o desejo por tua pele
    em suspenso na noite, recluso
    na escuridão de meu espírito.

    Como deixei nossos corpos, próximos,
    caminharem no silêncio, à espera da
    palavra que abre a flor de teu beijo.

    Como deixei teus olhos me abrirem
    a face triste e descarnada, em busca
    d'algum sinal de meu amor latente.

    * * *

    Entre as luzes trêmulas da noite
    desci, arcanjo, para anunciar-te meu desejo
    − Mas falhei.
    Deixei-te apenas com esse silêncio,
    esse onde moram todos os deuses que se foram,
    as profecias não cumpridas e as bocas
    que ficaram por se encontrar...

    Caminhamos, desalados, eu e Eros
    entre as cidades desse mundo caduco.
    Ele é agora qualquer menino de rua,
    esfomeado e maltrapilho,
    que empunha um cartaz pelas sarjetas:

    "Amar é ter medo".

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  3. O velho (des)encontro de Eros e Psiquê... Ou o espiral da Quadrilha de Drummond... Mudam os tempos, os deuses, os poetas... E o amor segue perdido ou vivendo ((a.penas) no escuro!

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