Psicodelismos em prosa

À Quintana:

E todos aquilos
que um dia atravancaram o meu corpinho
(...)

Eles passaram.
Eu passarinho! v.V

_Aline, 21/03/2015.



terça-feira, 20 de março de 2012

Outro outono...



e lá se vão


folhas
secas

verdes olhos

primavera
verão sem colheita

outro outono...

e esta falta que não cansa de estacionar-se em mim.




(Aline Barra - 20/03/2012) 

8 comentários:

  1. "Hai-Kai de Outono
    Uma borboleta amarela?
    Ou uma folha seca
    Que se desprendeu e não quis pousar?"

    Mário Quintana

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  2. Somos todas as estações e em nenhuma delas nos encontramos.

    A experiência do tempo parece ser um ciclo interminável.

    E pela palavra, sobretudo a palavra poética, tentamos eternizar ou paralizar o momento. O poeta fala, no caso a poeta, pra que sua fala se torne vida em outras instâncias. Pois " a página é rasa e a palavra não é mais que um rabisco impresso nela. Só a carência de um outro homem pode oferecer um corpo onde de novo se faça vida o que o poeta [a poeta] falou."(Ferreira Gullar)

    Lindo, Aline!

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    1. Somos tudo isso, e não somos nada disso... Não é mesmo, Robert?!

      ;)

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  3. Doce outono... só nos resta viver, contemplar e lembrar com saudade das folhas que se vão, novas virão na primavera e no calor do verão sorrir de novo irei, oh meu coração! bjs

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  4. Quem sabe se no inverno os verdes olhos regressam e a falta se desfaz? ;)

    PS: Adorei sua visita em minha página de fotografias. Esteja sempre à vontade!

    Bjos!

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    1. POis é, Margot... Quem sabe?!

      E é um prazer visitar as sutilezas da vida pelo teu olhar! Já me sinto muito à vontade, obrigada! ;)

      BEijos,

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