Psicodelismos em prosa

À Quintana:

E todos aquilos
que um dia atravancaram o meu corpinho
(...)

Eles passaram.
Eu passarinho! v.V

_Aline, 21/03/2015.



segunda-feira, 2 de março de 2015

Aurora_


é um menino
e escolheu chamar-se
Bernardo
é filho do ínfimo
das coisas invisíveis

nasceu da violência abrupta da água
batendo na pedra
_penetrando
vão por vão, fenda por fenda
até o lodo_

e do encontro fugaz
do sol com a lua
num dia nublado

Bernardo é vaga-lume e orvalho
ponto de luz da noite escura
e acalento das manhãs de inverno

Bernardo é Aurora_


_Aline, 02/03/2015.


Fotografia de Margot Felix

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