é um menino
e escolheu chamar-se
Bernardo
é filho do ínfimo
das coisas invisíveis
nasceu da violência abrupta da água
batendo na pedra
_penetrando
vão por vão, fenda por fenda
até o lodo_
e do encontro fugaz
do sol com a lua
num dia nublado
Bernardo é vaga-lume e orvalho
ponto de luz da noite escura
e acalento das manhãs de inverno
Bernardo é Aurora_
_Aline, 02/03/2015.
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Fotografia de Margot Felix |
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